Espaço destinado a disseminação do Aprendizado Contínuo sobre a Ciência da Administração. Criação junho/09. iber.souza@yahoo.com.br pancracio86@hotmail.com twitter.com/IberPancracio
quarta-feira, 31 de março de 2010
Frases Educacionais - Cristovam Buarque
Cristovam Buarque.
terça-feira, 30 de março de 2010
Doações feitas por pessoas juridicas - Terceiro Setor
http://www.kplus.com.br/materia.asp?co=241&rv=Direito
Regularidade de registros - Terceiro Setor
Para tratar deste assunto, o Terceiro Setor Online entrevistou o Dr. Marcelo Antonio Pinheiro, Oficial Substituto do 9º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoas Jurídicas de São Paulo, que destacou a importância do registro dos atos das ONGs, e tratou da necessidade de formalização dos atos para preservação dos associados
TSO: Qual a importância do registro de documentos das organizações não governamentais no Registro Civil das Pessoas Jurídicas?
Dr. Marcelo: São muitos os benefícios, dentre eles, costumo destacar: a transparência dos atos praticados em nome da Organização, propiciar a publicidade dos atos praticados, estabelecer uma presunção da real data em que a documentação foi efetuada e definir um termo inicial/final das responsabilidades, inclusive dos administradores. Assim, considero que os principais beneficiários do registro são: os administradores, os associados, terceiros contratados, empregados e até mesmo a Administração.
TSO: Quais documentos devem ser registrados?
Dr. Marcelo: No mínimo, as atas de assembléias e demais reuniões que envolvam assuntos importantes, inclusive para os administradores, por exemplo, eleições, alterações estatutárias, deliberação de contas de diretoria ou de conselho fiscal, livros diários.
TSO: Quais as formalidades para registro de atas de assembléia?
Dr. Marcelo: Destaco algumas formalidades mínimas, dentre elas, um requerimento do ato a ser registrado; o documento utilizado para convocar todos os associados; a ata, subscrita pelo presidente, com reconhecimento de firma, e pelo secretário; a lista de presença, lembrando que tudo deve ser efetuado em conformidade com o estatuto e em vias originais.
Algumas peculiaridades: Se o assunto versar sobre aprovação ou alteração de estatuto, será necessário juntá-lo, com a participação e análise do advogado responsável. Por fim, se o assunto for eleição e posse, os eleitos assinam juntamente com o presidente e secretário a ata.
TSO: Quais as implicações da falta de registro de documentos?
Dr. Marcelo: São inúmeras as implicações, as mais comuns são: as possíveis perdas de recursos advindos de convênios, inclusive com a Administração ou com empresas doadoras de recursos; extinção de convênios; responsabilização dos administradores por atos praticados em nome e por conta da Organização; possibilidade de extravio dos documentos sem condições de reprodução dos mesmos.
TSO: Outra situação não muito rara é a falta do registro cumulada com a falta da observação dos prazos dos mandatos dos administradores, ou seja, o mandato expirou em janeiro de 2009 e a assembléia foi feita em março de 2010, o que fazer?
Dr. Marcelo: Nesse caso, recomendamos aos administradores da gestão registrada, em conjunto com os administradores da atual gestão eleita e empossada, que ratifiquem todos os atos praticados no período da irregularidade, a fim de que seja reconhecida juridicamente a sucessão e continuidade dos atos da Organização, através de um documento particular com assinaturas dos envolvidos, com reconhecimento de firma e requerimento de registro.
Por fim, ressalto que a principal dificuldade dos associados é conhecer o estatuto, inclusive dos diretores/conselheiros, assim, segue uma dica: atenção especial quanto aos critérios de convocação, instalação e deliberação da assembléia; atenção quanto ao número de associados presentes e aptos a votar (verificar os quóruns), e se os assuntos que serão tratados nas assembléias merecem um número especial de presentes para votar a matéria.
Dr. Marcelo Antonio Pinheiro, pós graduado em Direito Civil pela Escola Paulista de Direito – EPD e Substituto do 9º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas de SP.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Audiências - Regulamentações de Beneficios - Terceiro Setor
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, nesta quarta-feira (24), dois requerimentos apresentados pelo senador Flávio Arns (PSDB-PR). No primeiro, ele solicitou a participação da subprocuradora-geral do Ministério Público do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, em audiência pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência para debater o restabelecimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo, para o portador de deficiência que perder o emprego.
Flávio Arns quer que a subprocuradora-geral do Trabalho também se manifeste, nessa mesma audiência, sobre a perda do direito a pensão por morte do portador de deficiência que ingressar no mercado formal de trabalho. Ao debater esse requerimento, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) considerou "justíssima" a garantia dada a essas pessoas de trabalharem com carteira assinada sem perder os benefícios já adquiridos.
No outro requerimento, o representante do Paraná pediu a realização de audiência pública na CAS sobre a regulamentação da Lei nº 12.101/09, que trata da certificação das entidades beneficentes de assistência social (terceiro setor). Flávio Arns afirmou que essa regulamentação é urgente, pois a lei estipula prazos e exigências que precisam ser observados pelas entidades interessadas na certificação ou renovação desse registro e seu descumprimento pode comprometer o benefício da isenção das contribuições previdenciárias.
Antes que o Poder Executivo edite a regulamentação da Lei nº 12.101/09, Flávio Arns considera importante que as entidades do terceiro setor que atuam nas áreas de saúde e assistência social possam oferecer sugestões. O parlamentar recomenda a participação no debate de um representante dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Casa Civil da Presidência da República; da Pastoral da Criança e da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).
A presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), e o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) deram apoio aos requerimentos de Flávio Arns. Rosalba Ciarlini considerou a atuação das entidades do terceiro setor fundamental, mas afirmou ser necessário fiscalizá-las para impedir a ação das que fingem cumprir uma missão social por meios não-lícitos.
Simone Franco / Agência Senado
sábado, 20 de março de 2010
Projeto I - 3º Setor
Identificação de necessidades e requisitos:
• Emergência da necessidade – do cliente emerge a necessidade;
• Reconhecer a necessidade – os especialistas interagem com o cliente e reconhecem a necessidade;
• Articular a necessidade – os especialistas desenvolvem soluções, articulando-as com as necessidades, assim como um arquiteto gera alternativas construtivas para atender às demandas funcionais, estéticas e orçamentárias de seu cliente;
• Estabelecer requisitos funcionais – os especialistas criam requisitos funcionais para que os clientes entendam o que ficará pronto quando do resultado do projeto, tais como: velocidade, segurança e conforto podem ser entendidos num carro;
• Articular requisitos técnicos – os especialistas desdobram os requisitos funcionais em requisitos técnicos, mais qualificáveis e melhor controláveis para eles, durante o desenvolvimento do projeto.
Na identificação das necessidades ressaltamos a importância de dois procedimentos complementares:
1. Certificar-se que foi realmente compreendida a real necessidade do cliente;
2. Gerar várias alternativas de solução para resolver o mesmo desafio.
Este processo de entendimento e geração de alternativas, além de enriquecer a solução, permite que os futuros envolvidos na construção da solução (o projeto) criem um comprometimento. A motivação gerada por um trabalho prévio como este será sentida durante a implementação a após a conclusão do projeto.
Vários fatores interferem na solução do projeto: de produção, mercadológicos, financeiros, humanos, administrativos.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Instituto Brasileiro de Florestas
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O objetivo do site é disponibilizar informações detalhadas sobre o que tem sido realizado em relação ao projeto
Com uma idéia na cabeça, amor ao planeta e sobre as rodas de uma bicicleta que os diretores do Instituto Brasileiro de Florestas se lançam na aventura de percorrer todo o Brasil, plantando árvores. Mais detalhes sobre essa grande ação agora podem ser encontrados no site http://plantearvore.org.br/.
O site foi desenvolvido para proporcionar mais informações a todos os brasileiros que tanto se interessaram pelo projeto. De norte a sul do país, o Instituto tem recebido apoio de inúmeras pessoas que querem conhecer e colaborar de alguma forma com essa grande iniciativa.
De acordo com Wiliam Aquino, diretor de comunicação do IBFLORESTAS, a idéia de criar o site Plante Árvore sobre Rodas surgiu exatamente da necessidade que perceberam de compartilhar com os seguidores do Twitter o passo-a-passo do que tem sido realizado. “Nós recebemos muitos pedidos de seguidores pelo Twitter, eles pediram para que criássemos um meio, no qual pudéssemos divulgar todas as informações sobre o projeto”, explica.
Segundo o diretor de comunicação, a disponibilização de informações sempre atualizadas em um site próprio do projeto permite que os grupos, que têm interesse em se envolver na causa, tenham uma agenda de programação e assim possam se organizar.
Para Ariani Citon, estagiária de relações públicas, responsável pelo conteúdo do site Plante Árvore sobre Rodas, a página da web será um portal para a inscrição daqueles que irão participar. “Pode ser uma mídia, uma empresa que queria patrocinar, ciclistas, além de todos que queiram o projeto em sua cidade”, destaca.
Ariani Citon detalha que conforme o andamento do projeto, o site será atualizado com fotos/vídeos e reportagens da ação desenvolvida em cada cidade.
Se você quer conhecer o site Plante Árvore sobre Rodas e ser mais um divulgador dessa grande iniciativa, acesse http://www.plantearvore.org.br.
quinta-feira, 18 de março de 2010
TEORIA DAS RESTRIÇÕES (TOC – Theory of Constraints)
Goldratt elaborou um método de administração da produção baseado na física e ficou intrigado com o fato de os métodos tradicionais da administração não fazerem muito sentido lógico.
No começo da década de 80 escreveu um livro sobre sua teoria. O livro, "A Meta", foi escrito na forma de um romance e mostra a dificuldade de um gerente de fábrica em administrar sua empresa. No desenrolar da história o gerente vai descobrindo os princípios da teoria de Goldratt e a empresa recupera sua competitividade. O sucesso do livro foi, e ainda é, enorme. Muitas empresas leram o livro e começaram a aplicar os princípios da TOC o mais rápido possível. No livro, Goldratt critica os métodos tradicionais de administração.
O sucesso do livro A Meta explica por que muitas pessoas ainda acreditam que a TOC é uma metodologia apenas aplicável à produção. Mas esse foi apenas o começo da TOC. Muitas empresas que implementavam a logística de produção de Goldratt melhoravam tão significativamente a produção que problemas começavam a aparecer em outras áreas da empresa. Goldratt então elaborou soluções para outras áreas como logística de distribuição e gerenciamento de projetos. Porém, toda vez que uma empresa aplicava as soluções que ele tinha criado ela dava um salto em competitividade, mas depois estagnava pois a sua restrição passava a ser a baixa demanda. Isto é, quando melhoramos muito o desempenho logístico da empresa a restrição tende a ir para o mercado.
Por isso que nos últimos anos Goldratt tem se dedicado a desenvolver estratégias que resolvam a restrição de mercado das empresas. Essas estratégias são chamadas de Visão Viável e tem como base a construção de uma forte vantagem competitiva. O objetivo é criar uma oferta ao mercado da empresa que seja considerada irrecusável. Para isso é necessário que essa oferta resolva grandes problemas dos clientes da empresa, e com isso os ajude a ganhar mais dinheiro.
Os Cinco Passos do Processo de Melhoria Contínua
Uma das grandes contribuições da TOC é o seu processo de otimização contínua (que é a base de todas as metodologias logísticas da TOC). Esse processo de otimização contínua contém 5 etapas
1. IDENTIFICAR a(s) restrição(ões) do sistema.
2. Decidir como EXPLORAR a(s) restrição(ões) do sistema.
3. SUBORDINAR tudo o mais à decisão acima.
4. ELEVAR a(s) restrição(ões) do sistema.
5. Se num passo anterior uma restrição for quebrada, volte ao passo 1.
MAS não deixe que a INÉRCIA cause uma restrição no sistema.
Usando esse processo podemos enfocar nossos esforços nos poucos pontos de um sistema que determinam seu desempenho (nas suas restrições), e assim podemos melhorar significativamente no curto prazo.
Fonte:http://www.goldrattgroup.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6&Itemid=11
quarta-feira, 17 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Desempenho da Organização
Shigeo Shingo
A Gestão Estratégica une financiadores e usuários - Terceiro Setor
sexta-feira, 12 de março de 2010
Dica de livro - Terceiro Setor
As etapas de elaboração de um projeto - Terceiro Setor

1) Apresentação da Instituição Proponente:
História: quando e como surgiu, quem estava envolvido na fase inicial da entidade e quem está hoje (n.º de funcionários, de conselheiros, de beneficiários atuais, etc.);
Experiências que antecederam a atual iniciativa: o que já foi tentado e/ou realizado;
Parceiros institucionais;
Parcerias: quem apoiou ou apóia o Projeto;
“Por que nós?” Qualquer financiador ou parceiro quer saber por que apoiar a sua instituição e não outra. Escreva os pontos fortes da sua instituição. Mostre, na sua proposta, que a sua entidade é a melhor para isto.
2) Justificativa do Projeto / Sumário Executivo: na introdução, descreva, breve e claramente, a idéia como um todo. Após, siga conforme abaixo:
Os problemas sociais da área de atuação (cidade, bairro, comunidade), que justificam existir o Projeto;
Público-alvo: quem são os atingidos pelos problemas descritos, como são atingidos; os beneficiários diretos e os indiretos.
A declaração de necessidades: quais são aquelas necessidades do público-alvo a serem trabalhadas pelo Projeto. Identifique as necessidades e problemas deste público, por meio de estatísticas, dados comparativos, fotos, etc.
Duração e custo total do Projeto: apenas citar objetivamente, o detalhamento e o quadro de usos e fontes é no final.
Considerações especiais do Projeto: diferencial do Projeto, dizer se existe a participação dos 3 setores, se é auto-sustentável, especialidades, etc.
3) Objetivo Geral: para quê o Projeto irá contribuir? Qual o resultado a longo prazo, o impacto social? Responda a seguinte pergunta: “Qual é o impacto deste projeto no público alvo escolhido?”. Este será o objetivo geral do projeto. É a partir do objetivo geral que se elege o foco das necessidades a serem atendidas, a abrangência geográfica e populacional.
4) Objetivo(s) Específico(s): descrição dos resultados concretos e palpáveis que este Projeto irá alcançar, as metas. São resultados concretos, e devem responder as seguintes perguntas:
Quais as mudanças que se espera ver no público alvo?
De quanto será esta mudança?
Quando pode-se esperar que estas mudanças ocorram?
O objetivo específico é:
Mensurável;
Atingível num tempo limitado;
Relacionado às necessidades do público alvo.
5) Sub-produtos ou etapas: devem conter as etapas técnicas e de administração do Projeto. O sub-produto é o que pode ser garantido pelo projeto como resultado de suas atividades. Deve-se listar todos os sub-produtos necessários para alcançar o objetivo do Projeto.
6) Atividades: lista de todas as tarefas necessárias para alcançar cada sub-produto ou etapa do Projeto; devem estar bem relacionadas para determinação do custo do Projeto.
7) Indicadores e Formas de Verificação: para medir o alcance das metas, o Projeto deve ter ao menos um indicador de qualidade e um de quantidade.
8) Fatores de Risco e Mitigantes (riscos e medidas): descreve as atitudes a tomar se algum problema acontecer no desenvolvimento do Projeto; demonstra planejamento.
9) Metodologia: descrição de como as atividades do Projeto serão realizadas; exige uma linguagem mais técnica.
10) Cronograma e Orçamento: relação do tempo e custos necessários para a realização de cada atividade.
Notas Explicativas às Demonstrações Contabéis - Terceiro Setor
Pela NBC T 10.19, “as Demonstrações Contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:
A) O resumo das principais práticas contábeis;
B) Os critérios de apuração das receitas e das despesas, especialmente com gratuidades, doações, subvenções, contribuições e aplicação de recursos;
C) As contribuições previdenciárias relacionadas com a atividade assistencial devem ser demonstradas como se a entidade não gozasse de isenção, conforme normas do Instituto Nacional Do Seguro Social (INSS);
D) As subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções;
E) Os fundos de aplicação restrita e responsabilidades decorrentes desses fundos
F) Evidenciação dos recursos sujeitos a restrições ou vinculações por parte do doador
G) Eventos subseqüentes à data do encerramento do exercício que tenham ou possam vir a ter efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade;
H) As taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
I) Informações sobre os tipos de seguro contratados;
J) As entidades educacionais, além das notas explicativas, devem evidenciar a adequação das receitas com as despesas de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação;
K) As entidades beneficiadas com a isenção de tributos e contribuições devem ser evidenciadas, em Notas Explicativas, suas receitas com e sem gratuidade, de forma segregada, e os benefícios fiscais gozados
Captação de Recursos - Terceiro Setor

Se no início o trabalho dessas organizações é feito voluntariamente, apenas de acordo com o tempo disponível pelos seus iniciadores, com o aumento da visibilidade e o conseqüente aumento do volume de trabalho, muitas organizações se vêem limitadas em sua capacidade de atuação devido à falta de recursos, não apenas físicos como também humanos. Captar recursos, seja dinheiro, doações de produtos ou trabalho voluntário, de uma maneira mais ativa, torna-se então uma necessidade.
Captação ou mobilização de recursos é um termo utilizado para descrever um leque de atividades de geração de recursos realizadas por organizações sem fins lucrativos em apoio à sua finalidade principal, independente da fonte ou do método utilizado para gerá-los.
Sabe-se que no Canadá, entre 1996 e 1997, o setor não-lucrativo movimentou um total estimado de $4,44 bilhões de dólares. Já no Brasil, é complicado comparar os dados para estimar o volume de recursos movimentado pelo dito “Terceiro Setor”, uma vez que as pesquisas existentes se referem a um campo muito amplo de organizações: todas aquelas sem fins lucrativos. Dentro desse universo estão englobados clubes de futebol, hospitais privados, sindicatos, movimentos sociais, universidades privadas, cooperativas, entidades ecumênicas, entidades assistencialistas e filantrópicas, fundações e institutos empresariais, associações civis de benefício mútuo, ONGs, que têm perfis, objetivos e perspectivas de atuação social bastante distintos, às vezes até opostos.
Entre as três principais fontes de renda identificadas pela maioria das organizações sem fins lucrativos podem ser citadas:
a. Recursos governamentais;
b. Renda gerada pela venda de serviços (por exemplo, consultorias) ou produtos (camisetas, chaveiros, agendas etc.); e,
c. Recursos captados através de doações (de indivíduos ou instituições).
Um sem-número de fatores influencia quais destas fontes se sobressaem. Entre estes fatores estão a natureza do apoio governamental para com o Terceiro Setor; a vontade política dos governos de verem as organizações como parceiras para a execução de determinados programas; se a organização presta serviços ou produtos que podem ser comercializados; o espírito empreendedor existente dentro da organização; a sofisticação dos programas de captação de recursos da mesma e, principalmente, a natureza dos programas oferecidos pela organização.
Neste trabalho, a captação de recursos tem como foco principal o contexto do terceiro tipo de fonte de recursos mencionadas anteriormente, ou seja, atividades realizadas por organizações sem fins lucrativos com o objetivo de gerar renda fora do âmbito governamental e a partir do apoio financeiro dado livremente por pessoas e instituições que reconhecem o trabalho que a organização realiza.
A natureza do(s) programa(s) oferecido(s) pela organização também determina o tipo e o modo de atuação em relação à captação de recursos. Por exemplo, no caso de uma organização cuja receita vem da prestação de serviços (por exemplo, assessoria ou treinamento) torna-se crucial estabelecer metas de receita para cada serviço a ser oferecido. Já para as entidades que atuam na assistência social (por exemplo, a doentes, idosos, crianças órfãs etc.), são extremamente variadas as formas como se captam recursos.