domingo, 30 de agosto de 2009

Continuidade no Cenário Social


As fontes de recursos das Organizações do Terceiro Setor (Associações e Fundações) oriundas de cunho próprio e também de terceiros são uma grande preocupação. A necessidade de uma constituição de um meio de subsistência próprio, onde as organizações sem fins lucrativos passam a ter uma autonomia de recursos que possam fazer frente as suas demandas no cumprimento eficaz dos seus objetivos é urgente. Lembrando e enfatizando que não ter fins lucrativos, não exime a organização de ter atividades de fins econômicos investindo no seu objeto. O mapeamento das potencialidades das Organizações em questão pode ser visto como o primeiro passo para diagnosticar o que pode ser feito pela entidade para angariar recursos por meio de um processo sistematizado.

Ter no pensamento, que a prática de ações sociais é bem mais do que auxiliar o próximo é fundamental. Afirmo isso, porque “dar o peixe” é uma atitude filantrópica, onde sacio uma necessidade, ocupo uma lacuna emergente de responsabilidade do Primeiro Setor. É sabido que o mesmo não tem como atender a esta demanda justificando o grande crescimento das atividades do Terceiro Setor no país. “Ensinar a pescar”, acontece quando descobrimos que apenas dar o peixe não é suficiente. A demanda apresenta-se em maior magnitude, proporcionando ao ator deste cenário social um sentimento de frustração. A solução: um projeto social que contemple o preenchimento daquele “gap” crescente (onde uma vontade, uma ação fraternal em auxiliar o próximo é menor que a mazela). Mudar a realidade com uma atitude sócio-transformadora, por meio de um projeto que tenha alcançado os seus objetivos de maneira satisfaciente concomitante com as políticas públicas seria uma perspectiva ideal. Práticas duradouras, ora denominados Programas Sociais, são subsídios para políticas públicas. Onde a legitimidade demonstrada por resultados alcançados torna-se discurso governamental. Segundo, FISCHER, descentralizar a implementação das políticas sociais e ampliar a participação da sociedade civil em sua formulação são meios essenciais para reorientá-las, no sentido de assegurar a inclusão de todos os segmentos sociais na esfera do atendimento público.

No afã de alcançar a sustentabilidade, como conceito de perenidade, as organizações do Terceiro Setor no cenário nacional buscam por uma melhoria contínua no seu quadro diretivo e de colaboradores por meio de capacitações, treinamentos e desenvolvimento (empoderamento). Exponho a seguinte questão: Como desenvolver colaboradores e os voluntários, sendo que existe uma carência financeira até mesmo para o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Estatuto? Parcerias. Integrar a necessidade (Terceiro Setor) com recursos tangíveis e intangíveis (Primeiro e Segundo Setor) é uma perspectiva para este questionamento. As alianças intersetoriais disseminam conceitos de cidadania responsável, viabilizam ações pontuais, projetos e programas sociais específicos. Poderão vir a ser fortes direcionadoras de processos de mudanças estruturais do contexto socioeconômico do país, contribuindo efetivamente para a transformação social (FISCHER,2005).

Iber Pancrácio – RIT Consultoria “DISSEMINANDO CONHECIMENTOS E PRÁTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”

Um comentário:

  1. Fiquei feliz com sua visita ao blog terceirosetorerelacoespublicas.blogspot.com

    Porque você trabalha praticas semelhantes, gostei muito do conteúdo do seu blog, parabéns e vamos em frente fazendo intercambio de informações para um mundo melhor, mais sustentável!

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