domingo, 30 de janeiro de 2011

Gestão Terceiro Setor - A Gerência


" Os fatores tradicionais de produção - terra, mão-de-obra e até dinheiro, pela sua mobilidade - não mais garantem vantagem competitiva a uma nação em particular. Ao invés disto, o gerenciamento tornou-se o fator decisivo de produção". Peter Drucker.

A melhor definição de problema gerencial que conheço é: "Problema é um resultado todo indesejável". Portanto, todos que realmente desejam melhorar sua empresa devem estar cheios de problemas.

Existem duas responsabilidades básicas de um Gerente:
(a) Garantir que os processos que apoiam suas operações sejam estáveis e confiáveis. Consistência é a palavra de ordem.
(b) Levantar, Priorizar e Resolver os problemas de sua área de responsabilidade.

Existem dois tipos de problemas: o "Bom Problema", que é provocado pelo Gerente quando ele levanta anualmente as lacunas de sua área de responsabilidade e visa a melhorar o desempenho atual da organização, e o "Problema Ruim", que corresponde a desvios de consistência das operações. O Problema Ruim tem que ser resolvido imediatamente e é ruim porque não avisa a hora que vem e nem foi planejado. A gerência deve zelar para que os problemas ruins ocorram em número cada vez menor.

O que interessa ao gerente é absorver para sua organização o máximo de conhecimento possível, desde que você seja um líder capaz de transformar isto em resultados.

O Ciclo PDCA foi criado na década de 20 pelo Estatístico americano Walter Shewhart e foi difundido no Japão por Deming, onde recebeu seu nome. Desde esta época ele tem sido utilizado como fonte de inspiração para a execução de ações e para o desenho de métodos e procedimentos gerais e específicos. A norma ISO 9001:2000 é um bom exemplo de documento universal que empregou seu conceito para concretizar a idéia de melhoria contínua.

O método gerencial (método de solução de problemas), PDCA, ele permite:
1. A participação de todas as pessoas da empresa em seu efetivo gerenciamento (melhoria e estabilização de resultados).
2. A uniformização da linguagem e a melhoria da comunicação.
3. O entendimento do papel de cada um no esforço empresarial.
4. O aprendizado contínuo.
5. A utilização de várias áreas da ciência para a obtenção de resultados.
6. A melhoria da absorção das melhores práticas empresariais.
Este método viabiliza o Gerenciamento Científico da organização. Veremos que o PDCA permite criar, aprender, copiar e difundir conhecimento e que o aprendizado é a alma de sua utilização. O PDCA transforma uma organização numa escola pois a busca por resultados é paralela à busca de conhecimento.


Segundo ISHIKAWA (1989, 1993) e CAMPOS (1992, 1994) o ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é composto das seguintes etapas:
Planejamento (P)
Essa etapa consiste em estabelecer metas e estabelecer o método para alcançar as metas propostas.
Execução (D)
Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo. Na etapa de execução são essenciais educação e treinamento no trabalho.
Verificação (C)
A partir dos dados coletados na execução comparar o resultado alcançado com a meta planejada.
Atuação Corretiva (A)
Etapa que consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos, adotando como padrão o plano proposto, caso a meta tenha sido atingida ou agindo sobre as causas do não atingimento da meta, caso o plano não tenha sido efetivo.
De acordo com CAMPOS (1994), na utilização do método poderá ser preciso empregar várias ferramentas para a coleta, o processamento e a disposição das informações necessárias à condução das etapas do PDCA. Estas ferramentas serão denominadas ferramentas da qualidade. Entre as ferramentas da qualidade, as técnicas estatísticas são de especial importância. Algumas dessas técnicas são:
Sete Ferramentas da Qualidade (Estratificação, Folha de Verificação, Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão, Gráfico de Controle)
• Amostragem
• Análise de Variância
• Análise de Regressão
• Planejamento de Experimentos
• Otimização de Processos
• Análise Multivariada
• Confiabilidade
QUEM NÃO TEM META NÃO GERENCIA.
Existem dois tipos de metas que se procura atingir em qualquer organização: resultados que desejamos melhorar e resultados que desejamos manter. Nos dois casos utilizamos o PDCA. Na verdade, qualquer resultado que se melhore deve, imediatamente, ser estabilizado nas operações do dia a dia por meio de padronização e do treinamento no trabalho. Então, o método PDCA, não é utilizável por si só. Sempre que queremos gerenciar (resolver problemas), devemos utilizar o PDCA para melhorar em conjunto com o PDCA para manter. Chamamos o PDCA para manter de SDCA porque na operação o plano (P) é o padrão (S de standardize).
Tudo neste mundo é um sistema. Os sistemas interagem entre si em maior ou menor grau e tudo está interligado. Não como gerenciar uma empresa desconhecendo estas relações. Este é o pensamento sistêmico.
Para que algo seja chamado de Sistema de Gestão é necessário que sejam partes interligadas com a função de produzir resultados. Estas partes interligadas, por sua vez, devem, cada uma delas, seguir o método , pois, pela própria definição de método, não pode haver Sistema de Gestão que não seja baseado em puro método!
Todos os componentes de um sistema são meios e que o único fim é produzir Resultados. Toda melhoria deve ser conduzida dos fins para os meios, ou seja, temos que primeiro, estabelecerem os resultados prioritários a serem alterados de tal forma a garantir aqueles resultados. Resulta deste trabalho anual o desenvolvimento do Sistema de Gestão, que é um projeto de longo prazo e depende do aprendizado das pessoas.
Bibliografia: Falconi, Vicente. O verdadeiro poder / Vicente Falconi. - Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2009. 158 p. il.

Nenhum comentário:

Postar um comentário